sexta-feira, 17 de junho de 2011

Fumo Branco

Muito bem senhor Primeiro Ministro. Portugal precisa de mais acção e menos conversa. Com uma discrição; mas sobretudo com uma celeridade a que já não estávamos habituados, Pedro Passos Coelho deixou os jornalistas a falar sozinhos; mas não o tempo suficiente para criarem ondas de choque que fizessem estragos, e apresentou o mais curto e também o mais jovem governo desde o 25 de Abril.

Não conheço os principais ministros, mas agrada-me muito o que li sobre a sua competência académica e profissional e acho de somenos importância a tão propalada falta de traquejo político. É que  neste país estamos habituados a que traquejo político seja quase sempre sinónimo de ligações mais ou menos disfarçadas a grupos de pressão, a lobies por norma pouco transparentes e por isso a defender interesses obscuros.

Adorei as ideias do Ministro da Educação. Os professores passavam a vida a reclamar que o ministro deveria ser um professor. Este foi professor do Secundário, é professor Universitário e um pai exigente. É contra o atual sistema de avaliação dos professores porque entre outros defeitos os pressiona a inflacionar as notas e a passar alunos que deveriam ser retidos. Sobre o estado do ensino acha nomeadamente que: - "o ministério deixou-se dominar por uma série de teorias totalmente ineficazes sobre a aprendizagem, teorias românticas de que a criança deve aprender só o que gosta, que quando gosta aprende por si, que a disciplina vem de gostar da escola...". Força Sr. Ministro e que as mãos não lhe doam! Portugal agradece.

Para a escolha do Ministro das Finanças não deve ter sido alheio o facto da sua boa imagem junto do BCE e por arrasto junto das Instituições Europeias o que, depois de termos um ministro que foi considerado o pior ministro das finanças da UE, e numa altura em que temos pela frente anos de complicadas negociações, será a sua maior vantagem.

O facto da Ministra da Agricultura não saber como se planta uma batata (será que não sabe?) e do Ministro da Economia nunca ter gerido uma empresa, também não me parece grave, pois a classe política já demonstrada por ela e o brilhante currículo e visão de fora, de quem não tem vivido no país mas tem estado muito atento, dele, aliada à juventude e garra de ambos, são garantia de boas prestações.

Os outros são mais conhecidos, e um grupo promissor e homogéneo da nova geração de políticos. Faço minhas as palavras de Miguel Relvas: - "Se este Governo falhar quem falha é Portugal e este Governo não pode falhar. "

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