domingo, 6 de julho de 2014

VERGONHA E A FALTA DELA!

"Um homem é tão mais respeitável quanto mais numerosas são as coisas das quais se envergonha." (Shaw Bernard)

Muito se fala da vergonha ou falta dela, da nossa classe política; mas quase sempre como se os políticos tivessem vindo de Marte e não fizessem parte integrante da nossa sociedade.


O certo é que em quase todos os grupos, políticos ou sociais deparamos todos os dias com gente que pela forma como se comporta, como não respeita o espírito e o principio de solidariedade que são o gene que diferencia um grupo de um bando, revela uma falta de vergonha deprimente. E foi nesses grupos que os políticos formaram a sua personalidade!

Por isto, como nos podemos admirar que quando se sentem com algum “poder”, alguma importância, percam completamente a vergonha, às vezes o pudor e façam as trapalhadas que da simples Junta de Freguesia ao Gabinete do Primeiro Ministro todos conhecemos ou ouvimos falar, apesar da grande maioria assobiar para o lado e continuar a colocar nos lugares sempre os mesmos desenvergonhados. Enquanto isso vamos escrevendo, a propósito, nas redes sociais e blogues mais algumas sem-vergonhices!

Escrevia hoje Maria João Avilez: - “Cai mal dizer “bem” de Passos Coelho: os bem pensantes enervam-se e o ar do tempo desaconselha. A má fé vigente tomará estas minhas pobres palavras como um despropósito que destoa do coro dos dias.”

Ao ler este texto; muito bem escrito como nos habituou a autora, dei comigo a rever-me nele.

Na verdade cai mal sentir vergonha em politica, denunciar as faltas de vergonha, os “bem pensantes” enervam-se e criam-nos “anticorpos” tratam-nos como um vírus, marginalizam-nos e têm a lata de escrever “assim não vais a lado nenhum”!

Mas quem disse que eu queria ir a algum lado? Acompanhado de gente que perde horas a tentar justificar ou pior que isso que usa a chantagem, munidos de importância que realmente não têm, para justificar ou branquear as suas sem-vergonhices, a lado nenhum decerto.

Sem comentários:

Enviar um comentário